quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Meus pra sempre três anos.

   E então chegou o final do ano. Ontem era janeiro, depois fevereiro, seguido de um março e de um abril. Sem perceber, o mês cinco se fez presente e com ele todos os outros. Seis, sete, oito, nove, dez, onze e finalmente o último. O doze. Ontem eu estava fazendo planos para o ano de dois mil e dez e hoje já tenho de largar meus pedidos para dois mil e onze. Não sei se o tempo corre para todas as pessoas da mesma maneira que corre para mim, mas ele passa muito rápido. Talvez mais rápido do que todos os anos, e eu sei o motivo disso. No momento em que se está com a pessoa que a gente ama, tudo parece passar mais rápido. E, sem perceber, o tempo vai passando de forma muito veloz. Em meio a esse período, tudo o que precisa ser feito é viver.
   Dois mil e dez, pra mim, foi um dos melhores anos da minha vida. Na verdade, dois mil e oito, nove e dez, foram encaixados perfeitamente. No ano de dois mil e oito, vivi o primeiro ano muito intensamente com a minha 111. Era o ano sem preocupações, o ano de alegrias e tardes comendo pipoca, jogando volei, fazendo trabalhos sem ter preocupações com nada. Era o ano de ir ao cinema com as amigas, de ir na q'delícia com a minha fofalinda depois da aula de espanhol e rir, rir muito. Era o tempo em que eu e minhas melhores amigas ficávamos deitadas, em cima da toalha, na grama, no frio, no sol, escutando música e conversando. Minhas eternas melhores amigas. Eu gostava daquela sensação de ser do ensino médio, mas eu também gostava de sermos os 'piquis' do ensino médio. Os mais novinhos.. Soava tão fofo, éramos o primeiro ano. :') A união da nossa turma era maior, bem diferente da do outro ano que se seguiu. Éramos em poucos alunos, porque os primeiros anos eram separados. Existia a turma dos velhos - nós - e dos novos alunos da escola.
   Em dois mil e nove, então, as turmas tiveram de ser juntadas. No começo do ano, era aquela tensão:111 pra um lado e a outra turma para o outro. Bem estranho, porque fomos acostumados a estarmos sempre sozinhos, desde menores. Alguns desde o pré, outros desde a primeira e outra parte, também, desde a quinta e etc. Mas, ao longo do ano, as amizades mudaram. Umas ficaram mais fortes, outras novas existiram e outras permaneceram iguais. A gincana vinha e a turma realmente se unia. Como sempre aconteceu nesses três anos. Fomos acostumando-nos e então viramos uma só turma. Dois mil e nove foi um dos melhores anos. Os recreios eram insubstituíves. Juntamente de grandes amigos do terceiro ano, passávamos o recreio lá fora, embaixo das árvores e sentados nas escadas. Foi então que eu pude me apaixonar pelo meu amor. E é principalmente por isso que o meu dois mil e nove valeu a pena. Agradeço por tudo.
   Chegou, então, o tão esperado terceiro. O ano de preocupações, de agonias, angústias, apreensões, nervosismos. Tínhamos mais compromissos e responsabilidades. Quase todos começaram a trabalhar. Nada de tarde livres, nada de horas passando sem notarmos. É. Mal sabíamos que o Toni - nosso paraninfo - estava coberto de razão ao dizer, no primeiro dia de aula do primeiro ano do ensino médio, que, 'três anos passam rápido'. Ninguém deu muita bola para o que ele havia dito, afinal 'Toni, nada a ver isso que tu está dizendo, e, na real, a gente quer que acabe mesmo a escola. Ninguém gosta de vir aqui estudar e estudar'. Sim, apostamos: todos que os que haviam dito isso, estavam totalmente errados. Nós tínhamos uma ideia errada. Foi nesse ano, no ano de dois mil e dez, que podemos ver que ele tinha razão. Três anos passam rápido, muito rápido. No começo, a turma estava meio desunida. Professores falavam e falavam em vestibular, mantendo-nos tensos, apreensivos e agoniados. Mas, com o tempo, foram nos acalmando, mostrando-nos o quanto preparados tínhamos de estar para que a nossa vez chegasse. Xingões, reclamações sobre nós eram sempre frequentes, mas não devo deixar de ressaltar que éramos os queridinhos da escola. Sim, os professores e funcionários da escola realmente gostavam de nós e sabíamos que iríamos fazer muita falta para eles. A turma bagunceira estava deixando a escola, e com certeza os queridos fariam falta. Nós sabíamos disso, todos sabiam. Éramos os mais velhos, que orgulho, viu. Com o tempo, a ficha foi caindo de que realmente estávamos na reta final. Alguns olhos enchiam-se de lágrimas ao escutarem os professores dizendo: 'Pessoal, acabou, pra vocês. Estão na reta final, a escola terminou. Agora é com vocês, lá fora.' Nesse ano, a união prevaleceu de forma muito, mas muito forte mesmo. Festa junina, salchipão, gincana e, principalmente, o festival de literatura. Devo confessar que brigamos muito, várias vezes. Mas, no final, todos sabemos que valeu muito a pena. Tudo valeu a pena. Nossa Grécia e até mesmo nós - os deuses do terceirão - teve muitos elogios. E isso também deve ser grato a todos os professores que nos apoiaram nesta longa caminhada. E então veio a despedida. Eu realmente não esperava todo aquele mar de lágrimas. Mas, realmente, foi na despedida que eu percebi o quanto eu amava minha turma. Sim, ela era e é única. Todos se abraçaram, pediram desculpas por atitudes erradas e agradeçeram pelos sempre, ou quase sempre momentos bons. Nós aprendemos muito uns com os outros durante toda essa jornada. Depois, veio o momento em que o Toni mandou-nos escrevermos em uma folha branca, tudo o que sentíamos por ele. Tudo o que desejávamos para ele. Óbvio, todos escreveram que o adoravam, que o admiravam, que o amavam. Ao final, ele sai da sala com a folha sem entendermos. Foi até o xerox, tirou uma cópia da folha, guardou a original e recortou a cópia em 37 pedaços. Colocou uma música muito tocante, ao fundo, e então falou o que sentia por nós. Que desejava tudo o que desejamos na folha, para ele, para nós. 'Lembram no primeiro ano, no primeiro dia de aula em que eu falei que três anos passam rápido? Hoje é o último dia. Acabou para vocês, 311.' Assim, ele entregou cada pedacinho da folha, para nós. Em seguida, disse que, se daqui há dez anos conseguíssemos juntar todos aqueles pedaços novamente, seria uma obra mais valiosa do que a de Picaso. Como ele disse para nós, havíamos feito um divórcio forçado. Ninguém queria se separar, mas o destino separou todo mundo. E, como eu disse no discurso da nossa formatura - tive a honra de ser a oradora e representar a minha 311 - o terceiro ano virou uma família, e, como sabemos, 'família significa nunca abandonar ou esquecer'. Agradeço por tudo. 'Quero o Terceiro um pouco mais..' ♫ :') Pra vocês, termino como terminei o meu discurso no dia quinze de dezembro de dois mil e dez, na igreja, olhando pra todos vocês: 'A gente se encontra por aí, 311'. :')
   Assim seguiu meu dois mil e dez. Posso dizer que foi a fase mais linda da minha vida. É claro que vou ter muitas outras, mas essa realmente marcou muito. Tudo. Nunca pensamos que a despedida, o 'adeus' ou o 'até logo' fosse chocar tanto o nosso coração. É por todas esses motivos que o meu dois mil e dez valeu a pena. Não só por viver com todos aqueles 37 corações, mas por conhecer pessoas novas, continuar namorando - que é uma das coisas que realmente mais me importa na minha vida, sempre -, e ver sempre o quanto a minha família é importante pra mim e também os meus amigos. Dois mil e dez me fez perceber que eu sou uma pessoa muito feliz, que eu tive oportunidade de viver muita coisa boa, muitos momentos especiais. Um ano de namoro, nem acredito. *-* Perto do tempo que eu quero estar contigo, Bê, não é nem o começo. E eu tenho certeza de que a minha vida inteira vai ser ao teu lado. :')
   Ficar escrevendo e escrevendo. É, eu amo escrever, mas não vou conseguir realmente expressar tudo o que as pessoas especiais significam para mim. Então, eu termino assim: Obrigada por tudo, mãe. Obrigada, pai. Obrigada, família. Obrigada, amor (eu te amo mais que tudo). Obrigada,  melhores amigas. Obrigada, amigos. Obrigada, colegas. Obrigada. Obrigada a todas as pessoas que fizeram eu me sentir eu mesma, obrigada por fazerem parte da minha vida. Eu amo muito vocês.
  311 fica na lembrança, e eu espero que 2011 e a minha nova etapa seja - e sei que vai - tão boa quanto foi todos esses anos. Que eu possa desfrutar de tudo o que for bom pra minha vida e pra quem perto de mim estiver. Gente, ano que vem, é muito Direito UCS pra minha vida.. HASUEHASUHEH. :')
   À todos, um Feliz Ano Novo, um ótimo 2011, cheio de coisas boas.
   FIZE, sorte pra todos vocês. São especiais, e eu quero sempre ser uma fizete. haha. :')

   'E que venha em paz, no ano que vem, o que o futuro trouxer...' - Humberto Gessinger.