quinta-feira, 30 de junho de 2011

Um momento e brilho curioso.

            Era uma noite fria de julho. Minha mãe estava preparando o café, e eu, agitado como sempre, estava por fora da casa, perambulando, caminhando, contando casos para os meus pensamentos. Se quer tive tempo de reclamar do frio, mas eu sei que ele estava tenebroso.
Pouco tempo depois, não mais do que cinco minutos, vi de longe meu primo chegar, vindo em minha direção. Saudações. Ele me pede, então, para ir com ele até o seu sítio longe para buscar o seu outro cavalo. Já era escuro, arrisco dizer que por umas sete e meia da noite, a hora em que minha mãe sempre costumava servir o café. Digo para ele que irei lhe acompanhar, mas o convido, primeiramente, para entrar e tomar um café conosco. E assim fizemos.
Logo após o café, montamos nos dois cavalos de meu primo. Eu, no menos hostil e ele no mais agressivo, um dos cavalos de corrida. De fato, fizemos a coisa certa, já que ele tinha mais habilidade ao montar e dominar um cavalo.
Curvamos à direita de minha casa, e encontramos um amigo nosso de tempos. Ele perguntou onde estávamos indo. Respondi que iríamos buscar o cavalo de meu primo. Ele questionou se poderia ir junto, então respondi que sim e acenei para montar na garupa de meu cavalo.
Andamos em direção a um parque cheio de árvores. Passaríamos por ali para chegar até o sítio. Mas ele ainda continuava sendo muito longe. O parque era um pouco abandonado. Não havia muitas pessoas que frequentavam o lugar, mesmo de dia.
Estávamos descendo o morro (em direção ao parque), quando de fato meu primo avistou uma pessoa. Nem eu, e nem meu amigo vimos, por isso tivemos a estranha sensação de incógnita quando meu primo parou bruscamente o seu cavalo. Então ele disse: “Olhem, vejo uma pessoa logo adiante.” Como era tarde da noite, por volta de umas quase nove horas, a hora em que saímos de minha casa, pedi para que ele perguntasse quem era. Ele perguntou, e ninguém respondeu. Gritou novamente a pergunta, e ninguém respondeu. Pedi que prosseguíssemos então, de forma com que nossos cavalos andassem mais apressadamente.
Andamos mais velozmente em direção à pessoa, para passarmos. Apenas estávamos com medo e não queríamos que nada nos acontecesse. Não sei realmente se era medo que sentíamos naquele momento, mas era uma sensação esquisita. Então, chegando mais próximo do homem que meu primo havia visto, o qual ele definiu como o personagem “Mancha Preta”, não vimos absolutamente nada. O que restava era apenas o silêncio vagando no local.
Mesmo com medo, decidi que eu iria entrar no mato do parque para ver se o homem ainda estava lá. Então desci do cavalo e meu primo e meu amigo ficaram observando. Entrei em meio às árvores e eles ficaram do lado de fora, na beira da rua. Caminhei, caminhei, e pude ver em minha frente, no chão, um iluminado em forma de círculo. Um pouco grande, digo que um pouco maior do que o tronco de um pinheiro. De princípio, pensei que fosse o reflexo da lua e coloquei, devagarzinho, a minha mão sobre, mas nada aconteceu. Olhei para cima e nada vi. Não poderia ser o brilho dela, pois também estava absurdamente escuro naquele lugar.
Então, novamente devagar, coloquei a mão sobre o iluminado. Um brilho fluorescente, a coisa mais linda que já teria visto em toda a minha vida. Peguei parte daquele brilho. Eram as folhas e galhos do chão, iluminados. Tive de colocar um punhado no bolso interno de minha jaqueta. A minha intenção de procurar o homem havia de fato sumido um pouco naquele momento, pois aquela luz me encantou de tal maneira que tive de chamar meu primo e meu amigo para verem. E então foi o que fiz. Eles vieram até mim com os cavalos, desmontaram dos mesmos. Olharam para o luminoso e ficaram impressionados, como eu também fiquei.
Continuamos a busca do sujeito, mas de nada vimos. Então resolvemos ir embora, com aquele fato ocorrido batendo fortemente em nossas cabeças. E, na saída do mato, já montado no meu cavalo, sinto algo pegar em meu calcanhar. Foi tão forte que me fez cair do meu animal. E quando eu já estava no chão, não vi nada. E nem meus amigos. Ficamos com mais uma dose de medo, montei novamente em meu cavalo. E de novo alguém ataca o meu amigo, montado na minha garupa. Caiu, montou novamente, e nada vimos. Então decidimos sair dali, porque não queríamos que nada nos acontecesse.
Nada de irmos ao sítio buscar os cavalos. Terminamos por voltar para minha casa, deixando o nosso amigo poucos metros antes da minha casa, na casa dele. Tirei o luminoso do bolso da jaqueta. Mostrei (ainda estava iluminado, e era maravilhoso) para meus irmãos, mãe e pai, que ficaram impressionados. Meu pai, destemido que só ele, quis voltar ao local. Então, meu primo não topou voltar conosco e decidiu por ir para casa.
Fui com o meu pai até o parque, dessa vez, a pé, e ele então pôde ver o que vi. Colocando a mão, como coloquei. Dessa vez, nada de homens e ataques. Tudo mais calmo e como antes, silencioso. Fomos para casa. Não quis dizer mais nada à respeito e fui para o meu quarto. Apenas deitei-me em minha cama. Custei para pegar no sono, pois nada tirava de minha mente aquele fato estranho, curioso, amedrontador e ao mesmo incrível, de minha cabeça.

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